
Hoje meu pequeno faz 5 meses e, de presente, ele ganhou o seu primeiro dia de aula. Sim, iniciamos Rafael no berçário hoje, num período em que algumas crianças da escolinha saem de férias para que a adaptação seja mais fácil.
Adaptação? Ahhh, só se for a minha. Porque ele se jogou no colo da professora, riu para todo mundo, nem olhou para trás. Demonstrou segurança e curiosidade, lá no alto dos seus 5 meses de vida. Rafael começou um novo ciclo hoje e parecia estar bem feliz com isso.
Insegura? Claro! Com medo, óbvio. Saudades? MORRENDO! Mas cada minuto que passa no dia de hoje eu estou certa de que fizemos a melhor coisa. A segurança de uma escola, para pais como nós, é algo que ajuda muito nesse momento de separação.
Não quero entrar no mérito da escolha entre babá x berçário ou idade certa para colocar o bebê na escola. Cada família tem suas prioridades e sabe lidar com elas. Ou pelo menos vai aprendendo. Nós trabalhamos fora, eu em outra cidade (diferente da que moro), temos a nossa vida com os filhos e sem eles. Isso não significa, em momento algum, que nós (eu e o pai) tenhamos menos amor pelo nossos filhos.
Muito pelo contrário. É por amar demais e querer que eles cresçam muito bem que criamos nossos filhos para o mundo. Colocamos eles em convívio com outras crianças, socializamos a vidinha deles de forma que eles interajam um com os outros da melhor maneira possível.
O berçário foi uma opção, que isso fique bem claro. Existe uma necessidade e, dentro dela, algumas opções. A casa da avó, uma babá, eu parar de trabalhar e um berçário. Dentro desse contexto fizemos a nossa escolha.
Doente? Sim, ele pode ficar. Pode pegar uma gripe, chegar em casa tossindo ou assado. Mas o irmão mais velho também pode trazer alguma vírus da escola para a casa. Ou até mesmo nós. E ele pode ficar assado comigo trocando fralda, ou a avó, ou a babá… ninguém está livre disso. E como me disse uma mãe a primeira vez que falei sobre esse meu dilema aqui: prefiro curar gripes do que traumas. Sim, é isso: ter uma pessoa desconhecida em casa não me faria bem. Eu não sentaria na cadeira do trabalho e me concentraria em meus afazeres. Eu não teria disciplina para olhar o aplicativo de câmeras de segurança da casa “poucas vezes ao dia”. Eu não estaria tranquila.
A escolha pelo berçário não me faz uma mãe pior ou com menos amor. Me faz uma mãe consciente das suas obrigações e certa de que está fazendo a melhor escolha para o seu filho. A escolha pelo berçário é, acima de tudo, o início da inclusão dele no meio social.
Hoje foi o primeiro dia de aula de Rafael. Até agora o telefone não tocou, o que indica que está tudo bem. Hoje a tarde eu encontrarei meu filhote após um dia longe e encherei ele de beijos e afagos, como faço todos sempre que o reencontro. E certa de que ele teve um excelente primeiro dia de aula!
@
Nossa, o coração dói em pensar deixar o meu bebê, quando nasce um bebê, nasce um amor inenarravel, um ciúmes inexplicável, vontade de cuidar e ficar sempre perto! É uma decisão bem difícil, ainda tenho um tempo da licença maternidade, mas já estou avaliando as possibilidades e com o coração doendo muito!