Lembro que, quando eu estava visitando maternidades para o nascimento do Gabi, eu recebi um monte de informações sobre a extração da célula-tronco. A escolha tinha de ser feita até o momento do parto e, na época a gente não pensou sobre o assunto. Hoje, eu recebi uma notícia que me fez pensar novamente no assunto: por meio da polpa do dente de leite da criança (e em alguns casos pelo dente do siso em adultos e adolescentes), já é possível extrair e conservar células-tronco.
Os tratamentos com células-tronco estão se tornando mais acessíveis e eficazes e, armazenar essas células, é uma forma cada vez mais concreta de preservar a saúde das novas gerações. Lembra que não liguei muito quando me explicaram sobre isso na maternidade? Pois bem, dias depois do Rafinha nascer (e, de novo, a gente não se interessou muito pelo assunto), rolou aquele arrependimento. Será que a gente deveria ter feito esse investimento para preservar a saúde dos nossos filhos?
Até porque, com os avanços da medicina, o tratamento e até mesmo a cura de doenças que hoje são consideradas incuráveis estão se tornando mais possíveis e palpáveis. E aí podemos citar desde condições mais simples, como queimaduras e fraturas, até diabetes, Alzheimer e autismo, por exemplo.
O dente de leite contém células-tronco capazes de auxiliar na regeneração de diversos tipos de tecidos e órgãos. Embora tenham características comuns, as células-tronco variam na capacidade de formação.
As do dente de leite são mesenquimais – podem dar origem a diversos tecidos do nosso corpo como neurônios, músculos, ossos e tecido adiposo.
Atualmente, as terapias que utilizam as células-tronco embrionárias podem vir a precisar das provenientes do dente de leite. Ambas são capazes de gerar os mesmos tipos de tecidos sólidos, mas as células-tronco mesenquimais (do dente de leite) têm a vantagem de permitir que o paciente use as próprias células, minimizando o risco de rejeição e os dilemas éticos.
Eu sei que esse é um assunto complexo e delicado. Aliás, tudo que envolve a saúde dos nossos filhos deve ser muito bem pensado e avaliado, né? Por isso que o odontopediatra Fábio Bibancos, diretor do Instituto Bibancos de Odontologia, explica direitinho como que é esse processo:
“As células-tronco extraídas da polpa do dente de leite podem se tornar músculos, pele, ossos, tecido cardíaco e nervoso, por exemplo. Isso porque funcionam como uma chave-mestra celular”, diz. “Entre as terapias realizadas atualmente, ou em fase final de testes, estão enxertos em queimaduras, regeneração da córnea e lesões ósseas. O fato é que temos, em andamento, uma revolução na área da saúde.”
“A gente extrai uma quantidade muito pequena de células do dente de leite e, rapidamente, consegue multiplicá-las quase que infinitamente”, diz o periodontista José Ricardo Muniz Ferreira, membro da Sociedade Internacional de Pesquisas com Células-Tronco e da Sociedade Internacional de Terapia Celular.
O custo para o paciente varia entre R$ 2.980 e R$ 3.500; a anuidade é de R$ 750. Após a expansão e testes de qualidade, o cliente recebe um certificado de criopreservação.
A criopreservação da célula-tronco do dente de leite não tem prazo de validade.
Como fazer?
A célula-tronco é retirada da polpa do dente de leite.
Para que o processo seja eficaz, é necessário que o dente seja extraído no consultório do dentista. Isso é muito importante, tem de ter esse planejamento e acompanhamento.
É importante uma consulta prévia para que o profissional avalie qual o melhor período para realizar a extração sem prejudicar a erupção do permanente, além de verificar se a polpa do dente de leite está em boas condições para a extração de células-tronco.
Quando os pais ou responsáveis notarem que o dente está ficando mole, devem levar a criança para uma consulta. O período de queda dos dentes de leite começa aos 7 anos, quando tem início o nascimento dos permanentes. Esse período vai até aproximadamente os 13 anos, quando caem os caninos e pré-molares.
Fonte:
R-Crio
Empresa especializada no isolamento, expansão e criopreservação de células-tronco extraídas da polpa do dente de leite e em mapeamento genético. A empresa tem o objetivo de oferecer serviços de qualidade que contemplem todas as etapas envolvidas entre a coleta das células-tronco e sua efetiva utilização no futuro.
www.rcrio.com
Instituto Bibancos de Odontologia
Criado há três décadas em São Paulo, o Instituto se tornou referência brasileira em gestão, atendimento e engajamento social na área de odontologia. Em 2017, o Instituto Bibancos se tornou pioneiro na criopreservação de células-tronco, extraídas a partir do dente de leite, por meio de uma parceria com a R-Crio.
www.bibancos.com.br