Gabriel está doente. E com isso, desde segunda-feira, a minha vida está meio desgovernada. Noites mal dormidas por conta da febre -tenho muito medo de um ataque de convulsão ou algo parecido. Febre realmente me assusta- sem contar com as tosses e o sofrimento do meu bichinho. Gosto, não. Por isso, poder estar perto todos os dias, pelo menos ao lado e cuidando, mesmo que ligada em outras coisas, é #priceless.
A flexibilidade de trabalhar de casa é uma das grandes vantagens do mundo moderno. Pena que ainda pouco explorada pelo mundo corporativo. Na escola de Gabriel mesmo eu vivencio isso diariamente. Esses dias deu surto de piolho. Aí uma mãe falou: gente, um absurdo a mãe mandar o menino pra escola cheio de piolho. Fato, um absurdo. Mas faz o quê? Leva pra multinacional e esconde a criança debaixo da mesa? Ou diz pro chefe: sabe o que é, chefe, eu ficarei de casa hoje porque meu filho está com piolho. ká, ká ká. Chefe ri. E criança vai pra escola de piolho e passa pra um e pra outro. Pânico!
O fato é que tanto para homens como para mulheres, a possibilidade de ter um home office, um canto para se trabalhar de casa em determinadas situações facilita muito a vida. Ganha-se em produtividade, perde-se em nível de estresse. Esses dias fui a uma coletiva de imprensa com Maurício de Sousa e olha o que ele falou: que há um tempo ele tinha mais de 20 roteiristas na sede da MS. Todos trabalhando por lá. E sabe o que ele via? Histórias repetidas, personagens com falas estressadas, gente escrevendo a mesma coisa, pouca criatividade, pouca produtividade. A solução? Mandou todo mundo para casa. Hoje 2 ou 3 roteiristas ficam na sede da empresa, na rua do Curtume, alguns por opção, e o o resto trabalha de casa.
“Comecei a ver histórias do dia a dia retratadas nos personagens, o levar a criança para a escola, a briga com a mulher, o café da manhã, o relaconamento famílias das pessoas estampado nas histórias. E cada um de forma diferente”, contou Maurício naquela coletiva.
E é isso! A produtividade é outra. Vejo por mim, quando estou aqui escrevendo um texto de trabalho enquanto VEJO meu filho dormindo, mesmo com febre, à espera do efeito da dipirona. PEGO nele para chegar a temperatura e ABRAÇO quando ele geme de dor de garganta. Ou alguma mãe trabalha e produz tranquila na mesinha do escritório enquanto o filho arde em febre em casa? #not!
Lá na agência a gente é a favor da produtividade eficiente e do uso de home office. Temos assuntos presenciais, temos reuniões de pauta, necessidade de comparecimento físico muitas vezes. Mas ter a possibilidade e escolher, em determinadas situações, a trabalhar de casa é possível, viável e dá certo. Basta comprometimento de ambas as partes.
Se as empresas usassem mais o home office, acreditassem no comprometimento de seus funcionários e permitissem algumas mudanças culturais, a qualidade de vida seria outra, a relação com a família mudaria e talvez muitas mães e pais não depositassem tanta responsabilidade da educação de seus filhos na escola. E assumissem mais o seu papel de estarem por perto, acompanhando o desenvolvimento dos filhos.
Fica a dica!
Fora do mercado | dicademae.com
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[…] E para manter essas mulheres no mercado de trabalho, tem empresa investindo muito nos benefícios. Os principais são: planos de saúde e dentários, o trabalho remoto e os horários flexíveis, coisa que já comentei muito por aqui. […]