
Já não é novidade que vamos estrear na Disney. E, para tudo correr bem, a poupança já está começando a ser feita, mês a mês, com a reserva técnica do salário. A minha meta é juntar ao máximo até dezembro para fazer uma viagem pré-paga.
Ou seja, na volta só trazer lembranças boas, e não uma enorme fatura de cartão de crédito para pagar. Pelas minhas pesquisas, temos quatro opções para levarmos dinheiro numa viagem internacional. Esse planejamento é essencial e deve considerar o tempo de viagem, compras, pagamento de hospedagem, deslocamento e a segurança.
Dólar em espécie: é a poupança mais tradicional para viagem. Você vai comprando a moeda estrangeira mês a mês e paga o valor do câmbio no dia. Alguns bancos cobram uma taxa para a compra e venda e outros, não. Tem que pesquisar. Geralmente o banco do qual você é correntista tem uma boa oferta.
Vantagem:
– não paga os 6,38% de IOF e pode escolher os dias em que a moeda está com uma boa taxa para fazer a compra.
Desvantagens:
– Segurança. Viajar com muito dinheiro em espécie nunca é bom. Se você perder ou for assaltando, já era a viagem. Sem contar que, pelo menos por aqui em casa, dinheiro na mão é vendaval. Vai embora rapidinho com um monte de coisas desnecessárias.
Travel Card: é o antigo travel cheque, numa maneira mais moderna de ter a sua poupança. Você pode contratar diretamente com o banco e ir colocando o dinheiro sempre que quiser, considerando o valor do câmbio. O valor vai sendo acumulado no cartão que pode ser usado em vários estabelecimentos fora do país (em geral, os mesmo que o cartão de crédito).
Vantagens:
-Você não precisa se deslocar para comprar o dólar nem ficar guardando o dinheiro em casa.
– É mais seguro levar o montante sempre no cartão de débito que é aceito nos estabelecimentos como um cartão internacional, após a digitação da senha.
– Não tem taxa de emissão, nem anuidade;
– Algumas bandeiras (como a Mastercard, por exemplo) tem um programa de benefícios para os usuários do cartão. Descontos em estabelecimentos, upgrade de quarto, entre outras vantagens que fazem você economizar. Dessa forma, o valor pago com IOF pode ser recuperado na forma de descontos. A emissora do cartão fez um site especial para o Travel Card que faz, inclusive simulações do quanto será creditado no cartão, quando será gasto em o IOF e onde o cliente pode obter descontos.: www.mastercard.com/br/travelcard/home.html
Desvantagens:
– Tem a cobrança do IOF no momento do depósito do dinheiro.
– Alguns bancos permitem a recarga apenas pessoalmente ou por procuração, o que se torna inviável quando estamos viajando. No meu caso, é possível fazer a recarda diretamente da minha conta corrente. Mas é importante verificar como funciona no seu banco.
– A taxa para saque internacional (caso você queira sacar o dinheiro do cartão fora do país) é de US$ 3. – Não acumula milhas.
Cartão de crédito: talvez seja a modalidade mais usada em viagens ao exterior.
Vantagens:
– Concentra todas as despesa numa única forma de pagamento.
– Segurança: você paga mediante senha e pode cancelar em caso de perda ou roubo.
– Acumula milhas em todas as transações. Desvantagens:
– Tem a cobrança do IOF.
– Compras feitas fora do país não permitem parcelamento, uma mania de brasileiro. Por conta disso, todas as compras chegam juntas, numa única fatura. E os juros, caso o pagamento não seja honrado, são altíssimos.
– Existe um limite aprovado. Se o valor for atingido a compra não poderá ser realizada e você ficará na mão se não tiver um outro meio de pagamento.
– O cálculo do valor, em reais, é feito no dia do fechamento da fatura, considerando o câmbio do dia. Se o dólar estiver alto não tem o que ser feito.
Saque da conta corrente: É um saque feito direto da sua conta corrente, lá no país em que você estiver, na moeda local.
Vantagem:
– Você não precisa ficar viajando com um monte de dinheiro em espécie. Pode sacar o que precisar quando chegar na cidade. Se viajar para países de moedas diferentes poderá sacar diretamente na moeda da região, sem se preocupar com trocas em casa de câmbio.
Desvantagens:
– Uma taxa é cobrada a cada saque. No meu banco essa taxa é de R$ 9, mas isso varia muito, então precisa consultar.
– Tem a cobrança de IOF sobre o valor sacado.
– Você precisa ter um caixa eletrônico onde está. Geralmente são as ATM machines que permitem saque de acordo com a bandeira do seu cartão. Vale lembrar que todos os cartões devem ser liberados para o uso no exterior aqui no Brasil.
Eu escolhi fazer um travel card diretamente no meu banco. Solicitei pela internet, coloquei créditos (pode ser feito depósitos de US$ 50 a US$ 3 mil por transação) e receberei o cartão físico (optei pela bandeira Mastercard) em dez dias, em casa. A cada mês farei depósitos que poderei utilizar durante os dez dias de viajem em qualquer estabelecimento que aceitar cartão de crédito dessa bandeira. A taxa de conversão foi a do dia (da hora que cliquei, mais precisamente) e o valor do IOF já foi contabilizado. O dinheiro saiu da minha conta no mesmo instante que fiz a solicitação.
Esse texto é originalmente publicado no portal financeiro Wintrade. Passa lá para conferir outros textos!