Gabriel na tranquilidade de quando o voo não está cheio
Semana passada, minha amiga Mari, que é mãe de Carol, me perguntou dicas sobre viagem de avião, pois ela está indo pela primeira vez com Carolzinha pra Salvador! Aí eu parei pra pensar na quantidade de roubadas que me enfiei com Gabriel nos voos entre São Paulo e Salvador. E resolvi listar algumas coisas que podem ser evitadas e o que a gente pode ir melhorando, com o tempo, claro.
Viajar de avião já é desconfortável para nós mesmo estando sozinhas. Imagine carregar um bebê e continuar tendo o mesmo espaço. E ainda todas as tralhas que um neném tem direito. Ou seja: ou você vira expert em logística ou a chance de se dar mal é grande.
Na maioria das vezes eu viajei sozinha, sem ninguém para me auxiliar no sentar, colocar cinto, ir fazer xixi, pegar a mala no bagageiro, etc. Claro que as pessoas desconhecidas são super solícitas. E não tem quem não queira carregar um bebezinho no colo por alguns instantes, caso você peça, em meio ao desespero.
Então viajar de avião, para mim, virou uma série de acertos e erros. Hoje, após três anos e quase uma dezena de viagens feitas com Gabriel na ponte aérea São Paulo-Salvador, estou quase uma profissional do assunto.
Então vamos às dicas:
Troque a bolsa do bebê por uma mochila: você precisa das mãos livres. A sacola pendurada no ombro vai inventar de cair quando você estiver na escada do avião e será mais uma coisa para se preocupar. Esqueça as cores pastéis das sacolinhas de neném e escolha uma bela e confortável mochila. Que caiba as suas coisas e as dele, pois essa deve ser sua única bolsa de mão. Afinal, você já tem um filho no colo.
Neném até 24 meses não paga passagem, logo, não tem direito a bagagem. Sim, isso é sério e desesperador. Porque, afinal, eles são os que mais têm tralha numa viagem. Kit remédio, fraldas, leite, mamadeiras, pratinho, chupeta, mudas extras de roupa, brinquedos, blá, blá, blá… Ou você paga excesso e desencana, ou deixa pra comprar algumas coisas no destino ou, como eu, reduz ao máximo as suas opções de regatinhas para liberar espaços para os bodies e fraldinhas.
Na verdade, eles têm direito a 5 kg. E você, em geral, a 23 kg. Mas lembre-se do carrinho e bebê conforto para despachar, ou seja, conte como se tivesse apenas com os seus 23 kg e reze para dar tudo certo!
Na medida do possível, despache o bebê conforto e o carrinho, pois eles vão embaladinhos e, em teoria, protegidos. Você pode embarcar com o bebê conforto na aeronave na maioria das companhias aéreas. Porém, só se você estiver na primeira fileira (que hoje já é cobrada na maioria das empresas). Caso contrário, eles jogarão seu lindo bebê conforto no bagageiro, sem muito cuidado e atenção.
O carrinho de bebê não pode ir com você dentro do avião. Ele é obrigatoriamente colocado no bagageiro no momento em que você entra. E, de novo, sem saco ou qualquer proteção. O nosso, na segunda viagem, perdeu uma alça, a cobertura e o suporte de mamadeira. Sem contar que fez uma visitinha à lavanderia assim que retornamos, de tão preto que estava.
Algumas companhias, por exemplo, oferecem carrinhos de bebê que podem ir até a porta do avião. Leve uma manta e faça uso desse benefício. Assim, é menos uma coisa para você se preocupar.
Faça xixi e todas as outras necessidades antes de entrar no avião, principalmente se seu bebê é de colo. Ah, e coma algo também, porque será praticamente impossível você abrir a mesinha segurando o bebê. Muito menos morder um sanduíche. Uma vez eu pedi para a aeromoça segurar o Gabriel por uns instantes, numa desesperada e súbita vontade de fazer xixi. Ela segurou super na boa. Mas que é estranho, é.
Tenha uma muda de roupa extra na mochila. Nas minhas tentativas de levar o mínimo de tralha possível nas mãos, uma certa vez eu não levei nada pro Gabriel. Nem lenço umedecido, nem outra roupa… Nada. Ele já tinha um ano e nunca havia dado trabalho no voo. E, claro, esse foi um horror! Gabriel vomitou três vezes, em mim, no banco, nele, no chão! E chorava, como chorava. As comissárias foram péssimas. Ninguém me deu apoio, sequer ofereceram ajuda enquanto meu filho de um ano passava mal! Eu dei um banho nele naquela pia do banheiro do avião, com as aeromoças me olhando com cara de nojo, vesti nele a minha blusa e fiquei com um casaco vomitado até chegarmos em Salvador. Ok, foi a única viagem catastrófica. Mas acidentes acontecem. Fato.
Atente-se para a despressurização nos ouvidos do seu bebê. Em geral, é o pior momento do voo para nós, adultos, e também para eles. Se você amamenta, espere a decolagem para colocá-lo no peito e tente fazer isso novamente no pouso. Ou dê a mamadeira nesses momentos. Lembra da técnica do mastigar chiclete que usamos até hoje? Pois é, eles precisam fazer o mesmo movimento com o maxilar. Para os bebês que usam a chupeta, essa também pode ser uma opção, desde que ele esteja chupando. Eu, até hoje, coloco Gabriel para beber algo, de forma que ele faça o movimento e despressurize os ouvidos. O mesmo deve tentar ser feito na hora do pouso.
Peça ajuda. Se você estiver sozinha, vá por mim, você vai precisar. Ao passar no raio-x, pode ser que uma das mulheres da segurança precise enfiar a mão no seu bolso para tirar as moedas que estão apitando ou tenham que tirar o seu sapato por você, que estará com as mãos ocupadas segurando o neném. Nessa hora você tem que tirar o bebê do carrinho, pois este também será vistoriado, e atravessar o raio-x com o neném no colo. Portanto, não se acanhe em pedir para alguém fazer isso por você. O mesmo vale para afivelar o cinto, pegar seus pertences no compartimento de bagagem ou até enquanto você faz xixi, como aconteceu comigo. Relaxe que todas as pessoas, geralmente, não se importam em dar uma forcinha!
Não tenha vergonha do escândalo. Pode ser que seu bebê chore. E chore muito. Nessa hora fique calma. Quando isso acontece, a mãe fica tão constrangida com o fato de estar incomodando os outros que acaba estressando mais ainda o bebê. Tente acalmá-lo, faça massagens na região do ouvido, coloque ele bem pertinho de você. Se possível, levante e tente niná-lo. Mas não dê a mínima para os outros. Seu filho está chorando porque algo o incomoda. E, mais do que a cara feia do executivo ao lado, você precisa deixá-lo tranquilo. Nessa hora, você como mãe, saberá o que fazer!
De resto, aperte os cintos e tenha uma boa viagem!
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Um dia todos vocês terão filhos…tomará que sejam ótimos filhos… calmos e educados, ao contrario dos pais.
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Caros Roger, Raconal e Iara!
Depois de ler os comentários feitos por vocês pedi pra que Deus não permitesses esses ogros de terem filhos. Achei otimo esse post, com dicas maravilhosas. Sempro viajo com minha filha, que agora tem 4 anos e com minha sobrinha, de 1 anos, e seu como é dificil essas viagens. mas o pior é ter que aguentar esses imbecis como vocês fazendo comentarios toscos e torcendo contra tudo e todos..
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Gozado, não vi os comentários que a Carla e A Ellen estão reclamando.
Jorgina
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