Quem me conhece sabe que eu prezo por uma alimentação equilibrada para os meninos, mas sem neuras e frescuras. E, apesar de ser jornalista, eu até brinco que já sou especialista em nutrição de tanto que leio e procuro entender como funciona o nosso corpo e as nossas necessidades. E, de tudo isso, eu só tiro uma lição: o equilíbrio é a resposta para uma boa saúde.
Quando falamos de crianças, sabemos bem que, quando elas são pequenininhas, é o momento de formação do paladar delas. Isso quer dizer que, nesta fase, podemos as estimular para aceitarem melhor novos alimentos. E aí vem o pulo do gato: quanto mais variedades as crianças provarem, mais chance delas crescerem comendo bem.
Depois, quando ficam mais velhas, há épocas em elas começam a ser mais seletivas, e aí surgem as dúvidas quanto ao que fazer nestes casos… Então, reuni algumas dicas do que leio e converso com nutricionistas sobre o tema, mas, é claro, isso não substitui a orientação de um profissional de saúde, ok?
Como fazer para entregarmos uma alimentação nutritiva para uma criança?
De 7 a 10 anos, na transição entre a infância e a adolescência, é fundamental prezar por uma alimentação adequada às necessidades da criança e estimular hábitos saudáveis, pois essa fase é caracterizada por um ritmo de crescimento constante e ganho de peso mais acentuado próximo ao estirão do crescimento. A fome do Gabriel é “de leão”, porém ele é extremamente seletivo. Leia mais sobre comedores seletivos aqui!
Mas eu sei que, na sua alimentação, preciso fazer uma distribuição adequada de todos os grupos alimentares e seguindo as porções da pirâmide alimentar adaptada para crianças:
Pães e cereais
Verduras e legumes
Frutas
Leguminosas
Carnes e ovos
Leite e derivados
Açúcar e doces
Óleos e gorduras

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
Também sei que a alimentação dele tem de ir ao encontro do que nós consumimos em casa… Não dá para ser um cardápio totalmente diferente e exclusivo para ele. E que ele precisa fazer de cinco a seis refeições diárias (café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e, se necessário, lanche da noite).
E aí entra o meu maior desafio: variar esse cardápio. Para meu filho comer bem, eu preciso incluir variedade de texturas, cores e aromas. Mas ele é seletivo. É mais do mesmo. Sempre. Como lidar?
Bem, como a refeição é o momento ideal para despertar o interesse da criança pela comida, é nessa hora que eu abuso da criatividade. Chamo o Gabriel para a cozinha, fazemos uma receita juntos, ele escolhe os ingredientes, descasca, mistura e faz tudo do jeito dele. Mas o importante é ele reconhecer os alimentos e ter o contato com eles. E ele tem jeito para cozinhar, além de adorar esse momento.
Quando vamos ao mercado, quem faz a lista de compras é o Gabi, então ele olha na geladeira tudo que falta e vai anotando. Na hora de escolher os alimentos, eu mostro, explico e ensino a comparar os alimentos pela tabela nutricional.
E, na nossa casa, ele me ajuda a cuidar da horta e ainda faz a sua própria plantação. Alias, tem três cenouras crescendo lá em casa que foram plantadas e são regadas com todo carinho pelo Gabi.
Por fim, mas não menos importante, é sempre dar o exemplo! Então, se eu preparo soja para o almoço, não adianta nada que só ele coma a soja e eu prefira feijão naquele dia. Porque o exemplo é fundamental para influenciar as boas escolhas dele. E a alimentação equilibrada tem que valer para todos em casa!

