Eu sempre comento que amo ser mãe, que meus filhos são essenciais para mim e que não trocaria essa minha vida por nada. Mas pera lá! Isso não quer dizer que eu precise me anular em vários outros pontos por conta dos meus meninos. A maternidade me completa sim, mas ela não existiria sem a minha vida social e sem o marido!
(Alias… né? Aí é que não existiria mesmo! rsrss)
O que eu quero dizer é que a gente precisa de um tempo. Somos responsáveis pelos nossos filhos, mas não arranca pedaço de ninguém deixá-los por uns dias com avós, tios ou tias para relaxar, namorar e curtir. Para mim, se eu to bem, posso criar meus filhos bem. Isso é o primordial. E esse mundo chato politicamente correto deveria ser um pouco mais flexível no quesito “vida-de-mãe”. Afinal, não é porque nos tornamos mães que deixamos de ser mulheres, certo?
Eu estava mesmo precisando de férias dos filhos. Do “mammmmmaaaaaaaaeeeee!” 456 vezes ao dia. Das acordadas noturnas, das fraldas, das crises de garganta, de preencher a agenda da escola, que perguntar sobre o uniforme desaparecido, de corrigir lição, de brigar pra comer, pra dormir, pra acordar, pra tomar banho, para ir brincar, para parar de brincar. #socorro!
Eu queria acordar e pensar: “hummmm o que será que EU QUERO fazer hoje?”
Queria colocar salto alto e não ter que tirar no meio da festa para correr atrás de filho!
Queria sair com uma clutch combinando com a roupa e sem a mochila caracol com mamadeiras e mudas de roupa.
Sabe aquela coisa de independência de mulher solteira? ahahaha depois que eu tive o segundo filho, meu bem, nunca mais vi isso por aqui. Marido liga: “Vou levar um pro futebol. Você fica com o outro, tá?” Eu penso: “Pô, podia levar os dois e me dar umas horinhas de silêncio em casa.”
(sonho meu!)
Nossa viagem de férias foi isso. Um pouquinho de silêncio da vida de pai e mãe. Nos jogamos numa trilha alucinante pelo Grand Canyon, choramos, rimos, bebemos, comemos, nos divertimos. Falamos de filho, pensamos em filho, ligamos para os filhos o tempo todo.
E eles?
ahhhhh fecha o olho aí e lembra da sua infância na casa dos avós? Delicia? Pois é, foi o que aconteceu por aqui.
Faz bem para eles, faz bem para a gente. É o aprender a desapegar, O saber que vai, mas volta. Que o amor continua mesmo na distância. É mostrar para as crianças que o mundo é muito mais do que as quatro paredes da nossa casa.
Eu tenho uma família cheia de tios, tias e primos. Crescemos muito fora da caixinha. Era veraneio na Ilha, São João em Amargosa. Não éramos em três irmãs. Éramos em quase 30 primos. Unidos na guerra de frutas, no casamento na roça, na pescaria noturna, na corrida de tampinha na praia. Ficávamos na casa dos nossos avós e ali era a nossa casa. Estávamos felizes por estar ali, em família. E a sensação que eu tenho quando deixo meus filhos a noite, para pegar um cinema, de manhã, para fazer uma prova de corrida, ou por uma semana, para viajar com o marido é essa. Eles estão bem, estão em família.
Sim, essa é uma terapia que precisamos fazer. É um exercício mesmo. Desapego não é fácil. Mas é preciso. E isso, pelo amor de Deus, não quer dizer menos amor!
Melhores links da semana (28/09 a 03/10/15) - Só Melhora
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[…] relato de férias dos filhos, para não sentir culpa se a gente também quiser esse tipo de […]
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Adorei o post! Fez eu me sentir menos culpada por querer esse tipo de férias também! Foi para a minha lista de melhores da semana: http://somelhora.com.br/index.php/2015/10/03/melhores-links-da-semana-2809-a-031014/
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Adoooorei o texto!! Era tudo que precisava ler hoje…obrigado😍