Existem coisas que só mudam o nosso jeito de ser quando viram regra, são impostas ou impactam tanto a nossa vida ao ponto de mudarmos a nossa postura. Quem nunca travou uma gaveta somente após o filho pegar uma faca, esperou um momento de sufoco para proteger as janelas com tela de proteção ou tirou algum móvel da casa após perceber o perigo em uma quase acidente? Muitas vezes achamos que o mal não vai acontecer com a gente, que estamos imunes aos percalços da vida. Mas quando falamos dos nossos filhos e de carro, isso não dá margem para erros.
Cadeirinha de carro é regra, é lei e é obrigatório. Mesmo pra ir “até ali.” Já falei disso nesse post Cadeirinha de carro é regra, não é negociável e na minha coluna da Pais&Filhos. Já contei aqui que a segurança das crianças no carro é essencial e que estamos, sim, suscetíveis acontecimentos inesperados –veja o meu susto quando eu quase esqueci o Rafinha no carro ;-(
Aliás, por ano morrem cerca de 830 mil crianças ao redor do mundo, vítimas de acidentes de carro, de acordo com dados do Relatório Mundial sobre Prevenção de Acidentes com Crianças e Adolescentes da OMS e UNICEF.
Já no Brasil, são quase 5 mil mortes de crianças por ano, envolvendo automóveis, sendo que 30% em atropelamentos e 30% são ocupantes do veículo, segundo dados de 2011 do Ministério da Saúde.
São números tristes e que nos faz pensar na melhor forma de mudar essas estatísticas. E, na minha opinião, as crianças são muito mais conscientes do que os próprios pais. Falta mesmo uma mudança cultural. De hábito de entender o que é regra e o que é seguro.
E foi por isso que esses dias tivemos uma palestra com ONG Criança Segura, a convite da Eco Sport, que nos abriu ainda mais os olhos sobre o cuidado que precisamos ter com nossos filhos dentro dos carros. Por exemplo, você sabia que desde que o seu carro tenha o cinto de três pontos no meio do banco traseiro, ali é o melhor lugar para instalar a cadeirinha do bebê?
Ou que o peso da cabeça de um bebê corresponde a até 25% da massa total dele, e isso faz com que, em um impacto, a cabeça projete o resto do corpo para frente?
Por que as crianças correm mais riscos que os adultos, dentro de um automóvel?
Por serem menores
Terem menos conhecimento
Terem uma estrutura física em desenvolvimento
Menor tolerância ao impacto
Pelo tamanho da cabeça*
*A cabeça de um adulto equivale a 6% de sua massa corpórea. Em crianças, a proporção é de 25%.
E como prevenir ou minimizar o impacto de um possível acidente nas crianças?
A resposta é bem simples. Basta usar os equipamentos de segurança previstos em lei e instalá-los corretamente, de acordo com as especificações do fabricante.
Além disso, é muito importante conhecer as cadeirinhas de carro e saber quando trocar. Sim, elas ficam pequenas para as crianças e existem formas simples de identificar isso. Daí não tem jeito: é investir em um novo modelo.
Importante:
• Em caso de acidente, mesmo de leve impacto, é importante trocar a cadeirinha das crianças. Elas são projetadas para amortecer e proteger e mesmo que não tenha nenhum dano visível, por dentro algumas estruturas se rompem, mesmo com pequenos impactos
• Cadeirinhas produzidas no Brasil precisam ter o selo do Inmetro. Isso é regra. E, caso não tenha, desconfie.
• Já quem compra as cadeirinhas fora do Brasil, por não serem produzidas aqui, elas não precisam do selo, então você não corre o risco de tomar multa. Mas, como cada país tem a sua legislação, é legal conhecer a marca e a procedência do equipamento que está sendo adquirido.
• Se for comprar cadeirinha fora do Brasil, dê preferencia aos modelos europeus, pois a legislação europeia é mais parecida com a nossa. Ou seja, você estará comprando um equipamento que se enquadra melhor nas normas da legislação brasileira.
O que usar e quando trocar:
Bebê conforto:
Sempre de COSTAS para o movimento do veículo
Recém-nascidos até 13kg
Idade: 1 ano ou quando a cabeça estiver próxima ao topo da concha do assento.
Cadeirinha de segurança:
De frente para o movimento: de 09 a 18kg (podem começar em 0kg. Nesse caso deve ser usada como bebê conforto e depois como cadeirinha de segurança).
Idade: até 4 anos ou quando a altura dos ombros e orelhas ultrapassam o encosto da cabeça.
Assento de elevação (booster):
De 15 a 36kg (4 a 10 anos)
Somente com cinto de 3 pontos
Imagens: www.tricae.com.brhttp://www.tricae.com.br
Viagem de carro com segurança - dicademae.com
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[…] Achei isso muito bom, porque a gente via com frequência só nos carros importados. Aliás, tem texto aqui falando da importância de prender bem a cadeirinha, vem […]