Mude os hábitos. Depois as regras.
Apenas quando eu entendi como as minhas atitudes refletiam em nosso comportamento familiar, eu vi o quanto é necessário mudar, reinventar e assimilar o que está em nossa volta para, depois, ensinar.
Apenas quando eu entendi como as minhas atitudes refletiam em nosso comportamento familiar, eu vi o quanto é necessário mudar, reinventar e assimilar o que está em nossa volta para, depois, ensinar.
Você já tentou impor uma regra nova em casa para as crianças ou para si mesma, e nada deu certo? O que fez você se sentir péssima? Aqui em casa isso já me deixou mal algumas vezes. Foi, inclusive, um dos motivos da minha depressão há uns anos; eu me sentia completamente frustrada por não cumprir as regras que eu mesma impunha. Pois bem, disso eu entendi uma coisa: antes de querer mudar regras, é preciso mudar hábitos.
Esses dias eu li dois posts da Pati Cerqueira, uma grande amiga (daquelas que escrevem ou falam aquilo na hora em que você precisa). Em um deles, Pati falava sobre o carrinho do supermercado. Era algo como se a gente pudesse passar uma hora ou mais saracoteando no mercado, comparando rótulos e preços, mas não podia perder três minutos para guardar o carrinho no lugar próprio de carrinhos.
E aí você deixa ele ali, atrapalhando a vida do próximo, desrespeitando regras.
Corta.
Você chega em casa e quer falar de respeito com seu filho? Quer falar de organização ou de manter as coisas em ordem?
Como, se você nem pode usar três minutos do seu dia para guardar um carrinho de supermercado que você mesma usou?
Mude os hábitos. Depois as regras.
Outro ponto que me fez pensar: temos um anjo aqui em casa, a Má, que é meu braço direito e esquerdo. Está conosco desde que Rafinha nasceu e é de casa, mas é nossa funcionária. E muitas vezes eu deixava a cozinha uma bagunça, só porque logo cedo ela chegaria e deixaria tudo em ordem para o dia que estava a começar.
No post da Pati, eu li o seguinte: você gostaria de chegar ao seu local de trabalho e encontrar a sua mesa respingada de café? O seu computador empoeirado e tudo sujo? Já sentiu como é boa a sensação de Começar a trabalhar e a sua mesa estar limpinha, com cheirinho de lustra-móveis, o sol batendo na janela e aquele clima de bom dia?
E por que você não deixa o ambiente de trabalho da sua funcionária agradável e limpo, para que ela comece bem o dia de trabalho dela?
Como eu posso exigir que Gabriel deixe tudo organizado, a mesa de estudos limpa, a mochila sem lixo, se eu mesma deixo tudo espalhado na pia da cozinha?
E nunca foi por mal, juro. Eu dava aquela organizada, tirava o grosso mas nunca, de verdade, nunca parei para pensar nessa nossa relação (minha e dá Má) por este ângulo.
Mude os hábitos. Depois as regras.
Só depois que isso entrou na minha cabeça, após assimilar essas informações quietinha no meu canto, e mudar primeiramente os meus próprios hábitos, eu entendi por que as coisas aqui em casa não estavam andando bem.
Só depois que eu entendi como as minhas atitudes (pelo menos essas duas) refletiam em nosso comportamento familiar, eu vi o quanto é necessário mudar, reinventar e assimilar o que está em nossa volta para, depois, ensinar, pois, por um carrinho de supermercado ou por um prato sem lavar, eu poderia colocar tudo a perder. Não respeitar quem merece respeito. Nem dar exemplo a quem precisa de exemplo.
Mude os SEUS hábitos. Depois faça as SUAS regras.
Obrigada, Pati!
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Adorei o blog, Nanna, e este artigo em especial! <3
https://thaisbrulinger.com