Amor da vida: Gabi no dengo com tia Dadá
É cheio de orgulho que Gabriel fala ao voltar da casa da titia: “A gente comeu pizza de calabresa, fez brigadeiro e eu tomei gagau na mamadeira”. O que eu posso falar, se a gente educa, ensina, briga e as titias liberam geral? Qual a graça de passar o fim de semana na casa da tia e seguir regras? Com a gente, na nossa infância, foi assim. E criança nenhuma morre por isso.
No início eu ficava louca com essa tia Dadá! (risos, coisa de mãe de primeira viagem!) A gente controlava tanto a alimentação de Gabriel, não dava porcaria, tiramos a mamadeira por conta da dentição, ensinava o que podia e não podia. E tudo se perdia ao chegar na casa da tia… Mas vamos combinar: não é só na casa dessa tia!!! Quando ele ia pra casa de tia Tess, eu ficava igualmente doida da vida com o sorvete, brigadeiro de colher e todas as outras porcarias –sem contar as horas intermináveis na frente do vídeo game. Delicias da titia 10 x ensinamentos da mamãe 0.
E até a dinda, veja só, chega em casa com uma caixa de biscoito Trakinas (R-E-C-H-E-A-D-O), com personagens temáticos, de presente para Gabi. Nessas horas você tem duas opções: ou coloca seu filho na bolha – e só deixa ele fazer exatamente o que você mandar – ou você desencana, deixa ele viver, e libera as estripulias APENAS na casa das titias.
Gabriel AMA ir para casa da tia Dadá. Tudo bem que ela tem uma enorme vantagem perante as outras tias, de ter os dois únicos primos dele por lá. Tito e Dedé são a paixão da vida de Gabriel, os primos mais velhos que fazem tudo por ele! E ele ama estar perto dos meninos. Agora, vamos combinar: a titia é daquelas bobas, que faz tudo, vai na banca, compra álbum, figurinha, pão de queijo, bota pra dormir na cama, faz mamadeira, brigadeiro, pede pizza, deixa dormir tarde… tem como não amar?
Um dia desses, por exemplo, ele estava na casa da Tia Dadá e eu fui buscá-lo. E voltei com as mãos abanando. “Não mamãe. Eu não vou embora. Vou dormir aqui. Pode voltar pra nossa casinha”. Fazer o quê? É muito bom saber que o filho é querido por todos, que fica super bem na casa dos familiares e que se diverte em qualquer canto. Ok, de vez em quando dá uma pontinha de ciúmes. Mas absolutamente saudável, considero. Porque, apesar de a gente criar o filho pro mundo, mãe que é mãe quer sempre a cria debaixo da asa!
Tia Dá, Dedé, Tito e Tio Luis. Farra na Praia do Forte!
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Amei o texto, pena que tive que parar de ler para enxugar os olhos. Amo muito Gabriel e tenho muito orgulho de ser a Tia Dá dele. Fico feliz quando ele fica na “barra da minha saia” pedindo “Tia Dá, brinca comigo?” Como dizer não e deixar de realizar seus desejos? Mas tia também educa, ao ensinar o que é amor incondicional ou quando o vê em uma situação de conflito. Certa vez, Gabriel levou um tapa de uma outra criança e eu tinha certeza que ele iria revidar. Então, disse que ele deveria dizer que “não gostou” ao invés de agredir. Não é que deu certo e ele passou a agir dessa maneira?Obrigada Nan, por ter me dado um dos maiores presentes de minha vida.