
Chegou a hora de o seu bebê comer algo mais que o leite? Eba!!! Por aqui também! Já vivi isso com o primeiro, e essa fase de descobertas é demais! Contei aqui que esses dias caprichei numa papinha de fígado, né? (mas, gente, tem como um papá de fígado ficar delícia? Afffff!) Vomitou ele, vomitei eu (que fui provar e desisti de submeter meu filho àquele alimento!).
Mas, papo sério, quando a gente começa a colocar novos alimentos na rotina nutricional do bebê, é preciso estar em sincronia total com o pediatra e seguir direitinho as orientações. Porque para tudo tem um motivo e uma explicação.
A introdução de novos alimentos, além do leite materno e/ou das fórmulas infantis, deve ser feita gradativamente e em forma de papinha.
Em geral, a recomendação é:
- sucos
- papinhas de frutas
- papinhas de legumes (a antiga papa salgada), que deve ser a última a ser introduzida.
Sérgio Luiz de Almeida, pediatra, neonatologista e membro da Sociedade Brasileira de Pediatria, explica que as frutas podem, inicialmente, ser ofertadas cozidas. Podem até perder um pouco das vitaminas, mas ganham em sabor mais suave e adocicado. “É exatamente este sabor mais adocicado que os bebês aceitam melhor”.
Os sucos devem ser, preferencialmente, os cítricos, e geralmente preferimos optar pelo de laranja-lima, por ser menos ácida. “Há uma tendência em se recomendar sucos de frutas menos glicídicos, isto é, aqueles que têm um menor teor de açúcar, mesmo que seja o açúcar natural das frutas”, explica o médico.
Evite: suco de melancia, manga e pêssego. Além, claro, dos sucos prontos adoçados.
Os cereais infantis também podem ser uma opção na substituição de uma porção de carboidrato na alimentação do bebê. E aqui eu não estou falando de engrossantes. Falo dos cereais específicos para essa fase alimentar. Além de terem probióticos que ajudam na defesa do organismo, podem ser usados para variar o cardápio em forma de vitamina ou de mingau.
Uma regra básica: A sequência de alimentos novos a serem introduzidos deve ser feita de acordo com a preferência da criança.
E quando colocamos um novo alimento no cardápio do bebê, percebemos claramente que a consistência, o aspecto e o cheiro do cocô mudam. Deixa de ser aquele cocô de leite. Isso é normal.
Atenção para alguns alimentos que podem apresentar certo desconforto intestinal por problemas de digestão, fermentação ou alergia. E isso é muito individual, dependendo de cada bebê. “As mamães devem estar atentas às modificações verificadas. É por esse motivo que não é conveniente fazer um sopão, com inúmeros componentes, mas, sim, efetuar a introdução gradativa dos legumes e outros componentes da papa, testando as reações do bebê”. Lembra a história do fígado? Pois bem: troquei o bonitão pelo músculo e usei a mesma base (cenoura, mandioquinha e espinafre). E Rafa papou 200 gramas, feliz da vida!