Pense numa pessoa aos prantos, quando viu a história de Virgínia, sua mãe Vanessa e o irmãozinho Vitor, nesse vídeo aí embaixo. Imediatamente veio um filme na minha vida, desde que arrumei as minhas malas e saí de Salvador para estudar em São Paulo. Nos primeiros anos da faculdade, o bom mesmo é morar em turma, dividir quarto, estar perto dos amigos e pagar pouco.
Depois a família cresce, os filhos chegam, você quer o seu cantinho para chamar de seu. Foram 10 anos de aluguel para enfim, em janeiro de 2013, nos mudarmos para o nosso próprio apartamento. Até aí, a história é normal, como a de muitas mães que, como eu, casam, têm filho e dão duro até conseguir fugir do aluguel.
Mas o que fez os meus olhos encherem de lágrimas, foi ver a alegria de Virgínia, essa menina do vídeo, e lembrar do meu Gabriel, no dia em que mudamos para o nosso apartamento. Ontem mesmo eu estava zapeando umas fotos e olhando como o tempo passa rápido. A euforia do meu menino com as caixas, o próprio quarto e um apartamento com varanda.
Ficamos quase uma semana em obra, com mil pessoas na quebradeira aqui em casa. Sem TV, sem gás instalado e com banho frio. Um caos. Eu queria que ele ficasse na casa da vovó, afinal teria tudo por lá. Mas não, ele curtia cada martelada, cada marmitex que almoçávamos, cada caixa que desembrulhávamos, cada barulho da makita e cada pincelada na parede.
Com a casa ainda vazia, Gabriel apostava corrida contra ele mesmo, desenhava nas caixas e se divertia no próprio canto. Ver a felicidade da menina Virgínia me lembrou daquela época da nossa vida: o nosso mundo estava recomeçando. Não mais entre as paredes do apartamento alugado, que havia sido uma república de amigas, mas na nossa casinha, no nosso lar. Foi uma conquista para nós e para Gabriel.
Também me emocionou nesse vídeo ver a luta dessa mãe para conquistar uma vida melhor para os filhos. Na crença dela de que é possível construir, ir em frente e alcançar os objetivos. Assim como fizemos por aqui!
“Agora é educar e criar para o futuro”, disse Vanessa. E é isso que também estamos fazendo.
E por aí? O que te inspira a ter um mundo melhor?