Eu queria terminar essa semana insana de trabalho falando um pouco sobre irmão. Ok, podem me chamar de repetitiva, mas o medo que eu tinha da diferença de idade entre eles, hoje se transborda em orgulho e amor pelo relacionamento desses dois. E também me ajuda a ter mais paciência.
Eu sou a que grita e faz barraco. Mando arrumar mala e falo que se não quer morar nessa casa eu posso deixar lá nos Bombeiros para alguém adotar. Grito e coloco de castigo. A psicologia infantil passa longe aqui quando eu resolvo rodar a baiana.
Eu sei, é errado. É que… são dois!
(mas isso não é sempre, tá?!)
Enquanto um se acha o rei do pedaço, lá do alto dos seus dois anos, mandando ver nas regras da casa, o outro tem uma sensibilidade e uma habilidade para dramatizar que é impressionante. Juntos eles tocam o terror. Um morde o outro assopra. Eu coloco Rafael de castigo e Gabriel vem com a psicologia dele, dizendo que o menino é pequeno, que é o irmão dele, e que eu não posso fazê-lo sofrer.
Dorme com essa, vai!
Aí, quando o pequeno, aquele que não pode sofrer, começa a pirraçar o mais velho, pega as cartas Pokemon, rasga os álbuns ou destrói os livros, o mais velho, aquele protetor, quer que eu dê um sumiço no irmão.
Posso trancar tudo no banheiro?
Agooora…. saindo de cena e olhando a historia de fora. Irmão é irmão, né? Quem nunca pirraçou, rasgou, quebrou o pau ou se uniu contra os pais? Quem nunca sabotou uma saída dos adultos, chorou muito mais do que o necessário ou aproveitou aquele abraço apertado para tascar um beliscãozinho seguido de um “ôôô foi sem querer!”
Por isso agora eu lago mão. E só observo…
Se brigar os dois vão pro castigo, não quero saber quem foi. Se vai tomar banhos, os dois vão juntos. Se quer comer, tem que ter pros dois. Não importa se tem 2, 3 ou 5 anos de diferença entre eles. A regra é clara. E única.
E dessa forma eles conseguem encontrar o maior amor do mundo entre os dois e começam a se tornar cúmplices em tudo. Esses dias Rafa acordou e não fugiu pra cama e sim para a cama do irmão. Acho que essa foi a primeira vez que eu deixei de ser o acalento preferido dele. Ele está descobrindo o amor e a paixão que só um irmão pode dar.
E eu tô achando isso lindo!
Quando os irmãos começam a se amar - Compasso
@
[…] post Quando os irmãos começam a se amar appeared first on […]
@
<3
@
Você conseguiu definir exatamente como é aqui em casa.
Só que no meu caso a pequena é menina, e o mais velho é menino.
Ela ama ficar juntinho dela.