Eu sumi do nada, eu sei. Cheguei no momento máximo de trabalho, de cansaço, de treino, de paciência. Esse segundo ano dessa mãe com dois filhos não foi fácil. Saímos das crises respiratórias, enfrentamos uma mudança emergencial de escola, entramos no terrible two. Tudo que eu queria – e precisava – era sombra e água fresca. Num mundo off-line, por favor!
A gente que respira o universo digital (e não pensem que é só pelo blog, colunas e afins) precisa desconectar. Eu tava bugada, como diz meu filho. E nem o ctrl+alt+del resolvia.
Aí você para, numa crise de choro daquelas que acontecem do nada, olha para trás, pensa no que quer lá na frente, respira e decide: sim, férias, tu vem ni mim e eu vou ni tu!
Peço desculpas para quem esperava um lindo post de Natal, desejos de ano novo, cartões de visitas e tutoriais de um peru natalino. Não deu.
Peço desculpas às assessorias que ignorei, às ligações que não retornei, aos comentários que não respondi. Colocarei tudo em dia! Prometo! Tempo, tempo, seja meu amigo!
Eu poderia ter agendado uma série de posts, como muita gente faz, para segurar a audiência, para não perder o ritmo e até em respeito aos seguidores. Mas aí não seria eu. Gosto de acompanhar a evolução dos meus textos ao vivo. Gosto de escrever assim, o que vem na mente, o que eu acho que hoje é interessante para quem está do outro lado lendo.
E esse ano eu quero ser mais mãe, mais caseira, mais esposa. Quero ser mais Nanna, quero ir mais pra Bahia, quero ler mais livros (terminei apenas 1 em 2015). Quero terminar de escrever o meu segundo livro.
Quero andar de bicicleta (agora sem rodinha) com meu filho. Quero terminar meu curso de inglês, a especialização estacionada. Quero estrear a raquete nova do marido num duelo de tênis. Quero voltar pra ioga, porque cansei do app que manda eu respirar, respirar.
Quero correr em Paris, no Rio e em São Paulo. E quero não correr também para acordar um pouco mais tarde.
Esse ano que gostaria de pegar mais leve, sem esse ritmo frenético do universo digital que faz parte da minha vida e do meu trabalho.
Por isso parei. Respirei, pensei, desejei. Me senti culpada.
Mas passou. Exatamente quando meu filho tomou o meu celular, já de sunga e boné, em nosso segundo dia em Praia do Forte, desligou e me mostrou o palito do picolé que ele tinha acabado de chupar.
“MAIS TEMPO CURTINDO A VIDA. MENOS TEMPO CURTINDO FOTOS.”
Esse foi o momento do meu férias-mode-on.
Obrigada, Gabriel. Obrigada, picolé da Kibon.
Vocês viraram a chavinha do meu descanso e me fizeram olhar a vida que está por trás da telinha de 7 polegadas!

Quando parar é preciso - Mundo Notícia
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Excelente post. Eu estou na contramão do mundo ,sou exclusivamente mãe e esposa quando dá ,porque o marido viaja quase o mês todo. Preciso de um help pra mim ! Me desligar da frenética missão de ter que dá conta de tudo e apenas curtir o essencial da vida. Amo meus filhos e marido e por mim e por eles preciso parar!