Tenho aprendido, na marra, a lidar com a ansiedade. Sensação essa que me acompanha desde sempre. Que já me fez sofrer com aftas e dores de estômago e que agora, ufa!, me faz apenas perder noites.
Espera pelo sexo do bebê, depois pelo nascimento dele, pelos primeiros passos, pela primeira palavra. Pelo dia do casamento, pelo peso mais baixo na consulta com a nutricionista.
E, como não havia de ser diferente, meu filho é ultra master ansioso. Faltam 5 dias para o aniversário dele, 6 para a festa junina da escola e 7 para a viagem a Salvador. Já pensou como está a coisa lá em casa? Eu tento controlá-lo, mas e como fazer, se eu também sou um poço de ansiedade?
Esses dias fomos ver um carro novo. 10 semanas para entregar. Oi??? Comigo não dá. Fui ver o custo do exame de sexo do bebê, para quando eu tiver o segundo filho não precisar sofrer tanto e… 500 reais! Afff. O jeito é esperar.
A espera é mesmo inevitável. Mas, pra mim, aquela coisa de “quem espera sempre alcança” perde pra “quem chega por último é mulher do padre! Eu penso, logo materializo. E quero que a coisa se concretize logo. Fico martelando, planejando, pensando num jeito de fazer acontecer….
Gabriel é IGUALZINHO. Falo algo que desperta a ansiedade dele e daqui a uma, duas horas lá vem: mamãe, sabe tal coisa? E se…. Esse “E se… eu já sei que ligou o botão do menino ansioso dentro dele. E na terapia eu escuto: “viva o momento”, “olha a frustração”, “cuidado com as expectativas.”
Essa coisa de criar expectativas é algo f%ˆ&@! Já tive briga com irmã por criar expectativa no filho, já discuti com marido e fiz DR com amiga. Ah, não cria expectativa se não vai fazer, né, caramba?! E se faz com meu filho eu viro bicho.
Por isso, uma coisa eu aprendi: se não posso eliminar a ansiedade do meu bichinho, pelo menos não crio falsas expectativas. O aviso que vamos ao zoo só é feito as 9 horas do dia de sol, se houver sol. Se vamos fazer algo a noite, espero para ver como o dia se comporta, se teremos energia e se a programação muda. Se vamos ao cinema, só comunico após comprar o ingresso pela internet (taxa de conveniência = No escândalo na porta do cinema com a fila quilométrica).
Mas aniversário não tem jeito. Estamos vivendo a ansiedade (boa) da festa de 5 anos. Do futebol, dos novos amigos. Das novas conquistas de Gabriel. Estamos vivendo a fase do “eu sei que faço 5 anos em junho”. E não pra por panos quentes nisso. Ele está super ansioso e eu muito feliz. Por ver o filhote crescendo e verbalizando com um sorriso lindo: “não vejo a hora!” Ai, nem eu!
5 days and counting!
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Que coisa linda essa ansiedade gostosa! Vcs foram/são assim também desde pequenas… Eu tb sou um pouquinho e sofro com isso… hoje menos depois de tanto aprendizado nessa vida de meu Deus!
Mas aniversário de 5 anos é uma etapa. Linda e importante! Nosso menininho cresce… daqui a pouco é 10 e em seguida 15, adolescente, como Thomas indo para os EUA com a galera.
Sempre me lembro de uma crônica de Afonso de Romano de Sant’ana nessas horas… Mas ainda é cedo para envia-la pra vc filha querida. Te amo!