Há muito eu ouvia amigas e amigos comentarem de finais de semanas em resorts ou hotéis fazendas com os filhos. Minhas amigas baianas, por exemplo, ADORAM um fim de semana à beira da piscina, sem fazer nada, com o marido e filhos. Eu lembro que uma fez fomos ao Club Med, na Ilha de Itaparica, com minha família. Atividades nonstop, adultos se divertindo num canto e crianças com outros, cercado de monitores.
No universo das mães blogueiras também vejo muitos posts sobre os hotéis nas redondezas de SP. Confesso que tinha um misto de preconceito (em deixar as crianças longe de nossos olhos all day long) e de preguiça daquela farra na beira de piscina (meio farofa). Mas é aquilo: falar sem nunca ter vivido a experiência é fácil. Depois de um fim de semana mais que especial no esquema de curtir o não fazer nada, meu conceito mudou. E como!
A ideia de viajarmos partiu de um casal de amigos que tem uma filhinha de dois anos. A gente tinha acabado de fechar um ressort de fim de ano no nordeste, e estava se acostumando com a ideia de ir a Fortaleza pra “jiboiar” num hotel (completamente longe dos mandamentos de férias de uma família com rodinha nos pés, se não fosse a barriga de 8 meses que estará explodindo de dezembro).
Então, para entrar no clima, resolvemos começar a desbravar o que o interior paulistano tem no quesito fim de semana com filhos.
Tivemos algumas indicações:
Hotel Histórico Fazenda Dona Carolina
Depois de pesquisarmos tarifário, atividades, distância e disponibilidade (o Mazzaropi é o mais complicado para reservas), fechamos o Dona Carolina (@fazendacarolina). Em princípio, achei que o hotel não oferecia muitas atividades para crianças, pois o site não explora muito essa área.
Quando chegamos lá, acho que entendi o esquema: talvez a estratégia seja fazer mesmo uma propaganda meio boca a boca, sem muita explanação do que tem para ser feito, no estilo menos colônia de férias e mais deixe com a gente! E aviso: é surpreendente.
As instalações do hotel é para deixar qualquer um de queijo caído. Você não vê uma plantinha fora do lugar. Os quartos, impecáveis. Os mimos da L’Occitane conquistam as mulheres, assim como as roupas de cama Trussardi e o SPA da Luiza Sato. Ah, tem wi-fi de grátis em todo o hotel. As mãe blogueira pira!

A equipe, desde a portaria ao serviço de quarto, parece ter recebido um treinamento intensivo de cordialidade e atenção. E a equipe de monitoria… ah, essa me conquistou no primeiro jantar, ainda na sexta-feira a noite. Gabriel, tímido que é, foi aos poucos chegando e se enturmando, e às 22h, já de volta ao colo dos pais, estava exausto e completamente feliz.

O fim de semana teve atividade de 12 horas diárias para ele e zero para a mãe, que com sete meses de gravidez queria mesmo ficar à beira da piscina mesmo.
O café da manhã, com direito a jabuticaba colhida do pé e tapioca feita na hora dava início ao dia de sol. De lá as crianças saem de trator para tirar leite da vaca e cumprem uma lista de atividades que tem pausa para almoço e banho no fim da tarde, mas que só termina às 10 da noite. Nós, adultos, temos uma programação também. Que inclui tour, caminhadas, tiro ao alvo, caiaque e tirolesa. Eu faltei em todos! Rs
Confesso que senti falta do meu pequeno no durante o dia. “Deixá-lo” aos cuidados de outras pessoas -para quem nunca teve babá e frequentou ressortes ou monitoria-, é meio desesperador. É aquilo de não estar no controle, sabe? Aceitar que existe, sim, diversão sem a mãe por perto é meio tenso. Mas passa. Até porque, com cinco anos ele sabe dizer se a programação está boa ou ruim. E nem precisa dizer que o mocinho amou…
Queria fotos!!!!
Essa foi a minha única crítica com relação ao dia de atividades do meu pequeno longe de mim. Talvez por falta de costume (não sei se é sempre assim, quando se passa um dia com monitores) ou pela exaustão dele -incapaz de relatar como foi o dia-, mas eu queria ter visto ele tirar leite da vaca Jurema, andar na tirolesa ou no caiaque. Mas como as crianças ficam o dia todo com os monitores, não conseguimos registrar nenhum momento. Será que não poderia ter um esquema de fotos, que a gente tivesse acesso depois? hein produção? #ficaadica!
Um pouco de história
Diferente dos outros hotéis que pesquisei, o Dona Carolina me chamou atenção pelo lado histórico. Por aqui nós adoramos essas peculiaridades de poder sempre extrair mais do lugar que estamos. E estar numa fazenda de café do período abolicionista, de 1872, com alguns lugares ainda preservados, como a casa da sede e uma linda capelinha, encantam, juntamente com o clima bucólico, arquitetura de estilo colonial e a infraestrutura confortável.
A sede traz a influência da colonização portuguesa na sua arquitetura. Apesar de relatos mostrarem que a sede do hotel foi construída uns 30 ou 40 anos antes. Segundo pesquisadores o ano de 1872, foi a data do restauro da sede, que manteve a beleza e esplendor da época das fazendas de café.
A tulha, prédio onde o café era armazenado, faz parte do conjunto arquitetônico colonial e hoje abriga o Centro de Convenções, que não conhecemos. Já a casa do administrador da fazenda dá lugar a um dos três restaurantes do Hotel, que são super aconchegantes, por sinal. Outro restaurante, o Cavalariça, era antes habitado pelos cavalos da fazenda.
A igrejinha charmosa, que é avistada logo que chegamos ao Dona Carolina, é de Nossa Senhora da Conceição, de 1898, que foi todinha restaurada e hoje recebe casamentos.







Lá também é possível fazer um tour na cachaçaria Dona Carolina e passear entre os barris escoceses da branquinha, além de degustar o verdadeiro sabor da premiada cachaça. Desse tour eu fiquei de fora, mas quem foi disse que é realmente muito boa. A noite, a mesma cachaçaria (de arquitetura magnífica, por sinal) recebe duplas de MPB que embalam os hospedes com apresentações memoráveis.
Aliás, a Cachaça Dona Carolina é a segunda melhor cachaça do mundo há três anos consecutivos, segundo o concurso internacional de São Francisco (Califórnia), que premia a cachaça com medalha de prata desde 2008.
Além dos pacotes para final de semana e feriados prolongados, o hotel tem o sistema de Day Use e atrai turistas interessados em conhecer a premiada cachaça e o tradicional café da fazenda.
Serviço:
http://www.donacarolina.com.br/
Endereço: Rodovia Alkindar Monteiro Junqueira, alt. Do km 39,5
Telefone: 11 3120-9699 / 4534-9100
Tarifa: De R$ 1047, a R$ 2.124 por dia (day use: R$ 227,00)
- Eleito como Melhor hotel-Fazenda de 2013 pela Revista Viagem e pelo Guia 4 Rodas
- Heliponto;
- Cachaçaria própria;
- Cinco restaurantes;
- Piscina;
- SPA;
- Sauna;
- Espaço para prática de esportes de aventura com arvorismo, tirolesa, slackline e cannoing;
- Duas hípicas;
- Campo de futebol;
- WI-FI disponível

Você tem indicação de algum hotel fazenda para curtir com as crianças? comenta aí pra gente! 🙂
@revpaisefilhos: Dolce far niente | dicademae.com
@
[…] Um descanso no meio do mato […]
@
Ahhh estive este fim de semana no Hotel fazenda Dona Carolina também…confesso que como mãe super protetora fiquei um pouquinho preocupada em deixar meus dois filhos gêmeos de sete anos com a equipe de lazer, mas é claro que eles amaram e meu marido e eu pela primeira vez conseguimos relaxar e aproveitar muuuito!!!
O Hotel em si é tudo de bom, maravilhoso, cada detalhe perfeito…muito bom mesmo!!!
@
oi, Livia! que pena que não nos conhecemos por lá! olha, eu tive receio nos 10 primeiros minutos…. depois que o meu filho (de 5) começou a se enturmar eu relaxei. É difícil pra gente soltar a cria, né? queremos ficar de olho em tudo que está acontecendo, saber se está tudo bem, acompanhar…
por isso falei da questão das fotos…. poderia ter um instagram! kkk que a gente pudesse acompanhar tudo de pertinho! rsrs
foi a nossa primeira experiência com monitoria. no fim do ano teremos de novo! dessa vez no nordeste! vamos ver como é o serviço de lá!
obrigada por compartilhar a sua experiencia! beijos