
Quando falamos de cereal infantil, eu fico logo pensando naquele de criança grande, que a gente mistura no leite para comer gostosinho no café… Pois bem, eu tinha essa ideia até quando a nutricionista do Rafa falou que seria uma boa opção oferecermos cereal no lanchinho noturno, em forma de mingau. Aos sete meses, quando montamos o cardápio da alimentação do Rafael, a nutricionista Tânia Rodrigues, da RG Nutri, fez uma seleção de alimentos doces e salgados que me fez perder de uma vez o medo da panela de pressão. São 5 tipos de papinha por semana, intercalando com frutas e sucos, além do leite. Haja variedade e disposição para fazer tanto potinho! Somado a isso, Tânia incluiu uma porção de cereal infantil na última mamadeira da noite, antes de dormir.
“Como o Rafael dorme a noite inteira, por quase 10 horas seguidas, e não mama mais no peito, estou complementando a última mamada para garantir que ele esteja bem alimentado e ainda ter um aporte maior de nutrientes e vitaminas presentes no cereal”, explicou a nutricionista. Essa porção está balanceada com os demais nutrientes do cardápio do filhote, garantindo refeições completas e sem excessos.
Por que o cereal e não uma fruta?
Tanto eu – quando coloquei aqui o cardápio do Rafinha – quanto outras mães fizemos essa pergunta. Bem, o pediatra e neotalologista Sergio Luiz de Almeida me ajudou nessa questão. O cereal infantil é preferido pelos pediatras e pelos nutricionistas porque elimina os componentes de digestão mais difícil, como alguns componentes vegetais que atrapalham a absorção de nutrientes importantes (por exemplo, o ferro e o zinco). E, além de ser enriquecidos com nutrientes, determinados cereais infantis também oferecem probióticos, micro-organismos vivos que contribuem para o equilíbrio da microbiota intestinal, ajudando no sitema de defesa do bebê e protegendo-o de infecções que são comuns no primeiro ano de vida.
Por fim, os processos industriais a que são submetidos os cereais infantis os tornam parcialmente digeridos para os bebês e, oferecidos antes de dormir, tornam-se melhor opção do que uma fruta, por exemplo, que poderia dar aquela dorzinha de barriga chata, levando o bebê a acordar durante a noite.
(Lembra o resultado daquela vitamina de banana antes de dormir, quando você era pequena? Então…)
E engorda?
Essa é uma preocupação muito recorrente, tanto aqui em casa, onde temos um supercuidado com a alimentação dos meninos, quanto das mães com quem converso. Olha, a partir dessa etapa (de sete meses), o gasto de energia dos bebês é bem grande, devido ao acelerado ritmo de crescimento. Então, se oferecermos a quantidade de carboidratos adequada e estabelecida pelo pediatra ou pelo nutricionista infantil, não haverá problemas.
Essa é a foto da pirâmide alimentar atual, sugerida para as crianças. O cereal infantil entra na porção de carboidrato, que é a base da pirâmide alimentar. Veja que, ao oferecer esse nutriente para o bebê, você estará “utilizando” uma das poções dessa base da pirâmide. Conversando com o pediatra ou o nutricionista infantil, eles saberão montar o cardápio perfeito para seu filho comer bem e sem excessos.
Dicas:
– Uma porção de cereal infantil corresponde a 20 gramas ou 3 colheres de sopa.
– Prefira o consumo de cereais infantis fortificados no lugar de cereais não fortificados, como aveia, fubá e amido de milho. Eles contêm quantidade de energia adequada, maior quantidade de minerais e vitaminas. Alguns apresentam também probióticos, importantes para a imunidade da criança, além de terem consistência, que facilita a aceitação pela criança.
– Varie o consumo de raízes e tubérculos (mandioca, inhame, cará, batata-doce), que contribuem para a formação do hábito alimentar saudável e para a variedade na ingestão de nutrientes.
– Produtos como biscoitos, salgadinhos, doces, são fontes de carboidratos, mas não são adequados para essa faixa etária. Geralmente estão acompanhados de grande quantidade de açúcar, sal, gordura, e têm pior qualidade nutricional.
– Prefira prepará-los na forma de mingaus ou misturados com frutas, ambos para consumo com colher.
Seu bebê come na medida certa? - dicademae.com
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[…] “Os cereais têm maior conteúdo de ácidos graxos essenciais, vitaminas B e E, ferro, selênio, zinco e outros micronutrientes muito importantes”, explica Jairo Len. O médico ressalta que os produtos que contêm probióticos (bactérias benéficas importantes para a flora intestinal) são ainda mais completos e podem ser oferecidos no cereal infantil na forma de mingau. Eu já falei sobre isso no post de nutrição infantil passado. Leia aqui! […]
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Adorei as dicas vou fazer esses mingau pra minha bebe ela esta com 7 meses eu ja uso mucilon no leite de todas as mamadas isso faz mal ?
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Qual seria esses cereais fortificados?