Gabriel tinha um ano e dois meses, estava começando a andar e eu ainda o deixava em casa com uma secretária/babá. A gente não queria alguém grudado nele 24h por dia, então a pessoa que trabalhava em nossa casa fazia as vezes de babá nos momentos que eu saia para trabalhar. Até o dia que ela simplesmente não apareceu, numa segunda-feira de reunião importante com cliente. Meu mundo caiu.
Imediatamente eu decidi que colocaria Gabriel na escola. Aos prantos liguei pra Jarbas e disse que estava saindo com ele a tira colo, em busca da escola ideal para nosso filho. E que também não queria mais ninguém cuidando da nossa casa e nos deixando na mão. (Ok, essa decisão durou poucos dias. O que eu não queria mais era depender de alguém para cuidar do nosso filho.)
O fato era que Gabriel já andava, a casa estava ficando pequena para ele passar o dia e eu ficava angustiada cada vez que saia para trabalhar. Na verdade, o sumiço da Cida foi o que eu precisava para dar uma reorganizada na vida.
E, sem saber, levar Gabriel para a pesquisa das escolas foi fantástico. Porque eu consegui sentir a tranquilidade dele (ou não) ao ficar um pouco com as professoras ou assistentes, enquanto eu conversava com a coordenadora. Em algumas ele não queria sair do meu colo. Em outras eu não queria colocá-lo no chão sujo. Teve uma que me deixou um tanto nervosa, por ter uma piscina no meio do pátio que as crianças brincam. Não, era preciso procurar mais.
Então a gente entrou na Bakhita. Eu sempre passava pela porta e já tinha adquirido uma simpatia pelo estilo da escola. Quando soube que era uma escola construtivista gostei mais ainda, pois um dos melhores anos da minha vida escolar foi quando eu estudei numa escola construtivista no Rio de Janeiro. Eu e Gabriel fomos conhecer o pátio, o infantil, o fundamental e toda a estrutura da charmosa escola da Rua Caiubí.
Quando eu me dei conta, lá estava ele, no meio de uma rodinha de gente miúda, batendo palminhas e rindo. Feliz da vida. E eu com o olho cheio de lágrimas.
Gabriel fez a escolha. Foi na Bakhita que ele se sentiu mais à vontade para sentar no grupo, foi ali que ele descobriu os novos amigos. Naquele dia, a salinha do G2 começava a mudar a vida do meu filho.
Colocar Gabriel na escola com um ano e dois meses foi a decisão mais acertada que tomamos. O período de adaptação durou três horas, ele se enturmou com os colegas e em poucos dias a gente começou a ver a evolução no andar, comer, tentar falar… Posso até dizer que no começo quem chorava era eu, por ele ser tão pequeno e tão independente. E com uma faxineira alguns dias por semana, pudemos finalmente trabalhar em paz, na certeza de que ele estava bem cuidado.
Que tipo de escola você quer para o seu filho? - dicademae.com
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[…] acredito muito no nosso feeling na hora de escolher algo. Com Gabriel, já contei aqui, foi algo mágico. Estava em busca de uma escola, após levar cano de mais uma babá e sair com ele […]