Prestar atenção aos sintomas e realizar exames periodicamente ajudam na prevenção e na detecção precoce da doença
Quando a gente fala em diabetes, dificilmente pensa nas crianças. A imagem que vem de bate pronto é daquele adulto que não se exercita nem se alimenta bem. Pois por aqui essa notícia veio em forma de susto: Segundo estudo da Federação Internacional de Diabetes, nos últimos anos houve um crescimento anual de 3% dos casos de diabetes tipo 1 no mundo, principalmente em menores de 14 anos.
E hoje, quando se comemora o Dia Mundial do Diabetes, o objetivo deste post é mesmo o de ajudar na conscientização sobre a gravidade da doença, que compromete o pâncreas e não tem cura.
Felipe Monti Lora, endocrinologista pediátrico do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo, explica que por ser uma doença cujas complicações podem levar à morte, o diagnóstico precoce por meio do exame de sangue (ponta de dedo) é fundamental. “Os pais devem ficar atentos também aos sintomas mais comuns que podem ser reconhecidos no dia a dia da criança como, por exemplo, beber muita água, urinar com freqüência, aumento do apetite e perda de peso”.
Existem vários tipos de diabetes, porém os mais conhecidos são o Tipo 1 e Tipo 2, sendo que os dois podem acometer tanto crianças quanto adultos. A doença do Tipo 1 ocorre quando há uma predisposição genética e o sistema imunológico do paciente destrói as células do pâncreas que produzem a insulina, hormônio responsável pelo controle do nível de açúcar no sangue. A do Tipo 2 tem maior influência de fatores ambientais como obesidade e falta de exercícios físicos.
“Diferente do que a maioria das pessoas pensa, tanto crianças quanto adultos podem adquirir ou desenvolver qualquer um dos dois tipos do diabetes, embora seja mais comum a do Tipo 1 ser adquirida por crianças. E o tratamento também é diferenciado. Em razão da falta da produção da insulina no organismo para o paciente com diabetes Tipo 1, é necessário o uso constante da aplicação da insulina injetável. Já para quem tem o diabetes Tipo 2, dependendo do caso, o tratamento pode ser realizado com o uso de medicamentos orais para controlar a glicemia”, alerta o endocrinologista.
Um relatório recente sobre a doença apresentado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça a preocupação com o diagnóstico precoce e controle do diabetes. O estudo aponta que 12 milhões de pessoas têm diabetes no Brasil. A doença eleva o risco de acidente vascular cerebral (AVC), complicações como a cegueira e é a principal causa de amputações de membros inferiores.
Assim como os adultos, as crianças devem ter hábitos alimentares saudáveis e atividades físicas frequentes. “É importante educar as crianças nesse sentido para que os valores permaneçam presentes durante toda a vida, pois os hábitos da infância são o reflexo da vida adulta”, finaliza o médico.
Atenção aos excessos que devem ser evitados:
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Doce
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Refrigerante
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Gordura trans (margarina, batata frita, congelados, salgadinhos)
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Carboidrato
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Fritura
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Sedentarismo