O tema ontem no Curso Neslé de Atualização em Pediatria (CNAP), aqui em Fortaleza foi de violência familiar. Tema tenso e triste, visto que ainda temos um longo caminho pela frente para proteger as nossas crianças.
Não tinha como ser diferente, o caso do menino Bernardo veio à tona. Foi consenso entre os debatedores que a exposição da mídia em relação aos detalhes dos vídeos e da morte da criança foi e está sendo exagerada. “continua sendo uma violência contra ele”, diz a pediatra Anna Tereza de Moura.
Além disso, foi feito um alerta, que poderá servir de exemplo e referência para que tragédias como essas não voltem a acontecer:
É PRECISO ESCUTAR AS CRIANÇAS, ELAS DIFICILMENTE MENTEM. Os pais, familiares, professores e pediatras precisam prestar mais atenção no que as crianças falam e como elas se expressam. Há ainda uma grande lacuna na rede de proteção das crianças. E, nesse caso específico do menino Bernardo, não foi identificado os fatores de proteção. Ou seja, quando maior a rede de proteção da sua criança, melhor.
Além disso, o pediatra tem o dever ético, moral e legal de identificar qualquer caso suspeito de violência ou mal trato na criança. Tanto por meio do pedido de notificação como pelo Disque Denúncia.