Eu vivo imersa no ambiente digital. Profissional e pessoalmente. Não tenho dúvidas que o universo online amplia os conhecimentos de adultos e também das crianças, sei que existe muita coisa boa que pode ser explorada de forma educativa, e ainda enriquecer o conteúdo que hoje está apenas na escola das crianças. Desde que descobrirmos os vídeos de realidade virtual (o Youtube tem uma seção especialmente para isso e muitas outras plataformas estão aparecendo) a percepção do Gabriel –e a minha também– com relação ao que vemos e estudams mudou. Isso vale pro mergulho no fundo do mar, vale para um passe certeiro do Messi e vale para a educacional.
Na última Bett Brasil Educar eu tive a oportunidade de conhecer o material em realidade virtual que a Positivo Informática Tecnologia Educacional desenvolveu para as escolas e digo: é demais! Você coloca a criança dentro de uma situação do objeto de estudo. Como você pode, por exemplo, falar sobre as drogas e os riscos dela dentro da sala de aula? Fotos , filmes e documentários pode ajudar muito, ok! Mas você já imaginou colocar uma criança para visualizar o que realmente acontece na Cracolândia uma das zonas críticas de consumo e uso de drogas? Por meio de um vídeo 360O é assim. Você insere a criança dentro de uma plataforma digital e faz com que ele viva aquela situação.
“São situações em que a imersão faz toda a diferença”, explica a vice-presidente da Positivo Informática Tecnologia Educacional, Elaine Guetter.

A Positivo desenvolveu uma coleção com 10 dinâmicas de aulas anuais, desenvolvidas para proporcionar aos alunos uma experiência imersiva e de impacto, com vídeos de até 5 minutos sobre temas relevantes e atuais. Infelizmente ele não é feito para nós, pobres mortais. São produtos que as escolas podem adquirir e incluir dentro do seu programa educacional.
Tive oportunidade de ver com o meu filho o vídeo produzido sobre o Aedes aegypti. É im-pres-sio-nan-te. Você vê a larva sendo colocada no potinho de água, se transforma em mosquito e voa a uma terminada altura olhando onde pode parar e até onde pode voar. “Você coloca a criança na situação. Um texto não gera o mesmo impacto, a criança não absorve o conteúdo por completo”, diz Elaine.

Educar bem as crianças de hoje e formar cidadãos que podem, no futuro, trabalhar em políticas públicas, pensar na acessibilidade, cuidar do próximo. E, para isso, acredito que nós devemos sempre cobrar às escolas que apresentarem o melhor conteúdo para as crianças. E, em casa, ensinarmos a fazer o bom uso de tudo isso que é aprendido.